Índice de preços ao consumidor segue em alta em Viçosa
Peso maior está nos constantes aumentos de combustíveis, alimentos e eletrodomésticos
A inflação em Viçosa acumula alta de 14,84% nos últimos dozes meses, de acordo com a última edição do boletim do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado mensalmente pelo Departamento de Economia da Universidade Federal de Viçosa (DEE-UFV). Nos dez meses de 2021, o acumulado é de 12,59%, efeito, principalmente, dos constantes aumentos de preços dos alimentos, combustíveis e eletrodomésticos.
A alta em outubro foi de 1,37%, mesmo índice registrado em junho e um dos quatro piores resultados do ano até agora. O fator que contribuiu para puxar a inflação foi o setor de vestiário, um dos sete grupos que compõem a análise do IPC. As roupas masculinas (11,12%) e os artigos de mesa (5,45%) tiveram os maiores aumentos.
Também em outubro, a elevação do preço dos combustíveis fez com que o grupo de transporte e comunicação tivesse grande variação (2,86%), seguido pelos produtos relacionados à habitação e construção civil, com inflação geral de 1,20% e destaque para itens como materiais de pintura e elétricos.
Produtos para cabelo e cosméticos, que integram o grupo de saúde e cuidados pessoais, seguem na lista com 1,06% de aumento geral. Os alimentos, que sempre são apontados como vilões da inflação, dessa vez, tiveram um dos menores reajustes acumulados do mês (1%). Completam a lista as despesas pessoais e gastos com educação (0,52%) e o único grupo que apresentou deflação ao longo do mês de outubro, o de artigos de residência (-0,72%).
CESTA BÁSICA
Acompanhando a alta na inflação, os itens que compõem a cesta básica em Viçosa tiveram reajuste de 2,35%, conforme o relatório do IPC, custando R$ 473,12. O consumidor que recebe um salário mínimo, portanto, consome pouco mais de 43% da renda, em média, para adquirir os treze produtos básicos da alimentação de uma família ao longo do mês.
O aumento em outubro é menor que o registrado em setembro (3,93%), entretanto, ainda se mantem elevado e diminuindo cada vez mais o poder de compra do salário mínimo. As maiores altas estão no açúcar cristal (11,25%), margarina (7,70%) e o tomate (4,07%). O alívio veio na redução de preço do arroz tipo 2 (-8,23%), feijão vermelho (-1,19%) e farinha de trigo (-1,05%).
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