Creche na Marly Azevedo, enfrenta problemas com as chuvas
A rua não possui rede pluvial e seus moradores lutam há décadas por obras que solucionem o problema
Após 12 anos funcionando no mesmo endereço, a escola filantrópica Santa Rita de Cássia teve de se mudar da rua Marly Azevedo, bairro Maria Eugênia, em Viçosa. A mudança foi motivada pelas fortes enxurradas que descem pela via toda vez que chove. Na mais recente precipitação, registrada no dia 1º de novembro, a água chegou a invadir a creche, causando prejuízos e a interrupção das atividades.
A rua Marly Azevedo não possui rede pluvial e seus moradores lutam há décadas por obras que solucionem o problema. A água não captada nas ruas Fabiano Janotti e João Mairink, na parte alta do bairro, desce com velocidade, arranca e arrasta blocos do calçamento da via. Os moradores afirmam que diversos abaixo-assinados já foram realizados, mas nenhuma gestão apresentou um plano para resolver o problema.
Nos dias de chuva intensa, a rua da creche fica alagada
A diretora do Centro de Educação Infantil (CEI) Santa Rita de Cássia, Irmã Geraldinha, contou que a creche está funcionando, provisoriamente, no bairro Vereda do Bosque, na antiga residência da família Chequer, desde a última segunda-feira, 8. A mudança de endereço é temporária e deve durar até o fim do primeiro semestre do próximo ano letivo.
De acordo com a Irmã Geraldinha, assim como os demais moradores da via, a creche lida com as enxurradas há 12 anos, desde que se instalou no endereço. No entanto, nas últimas semanas, umainfiltração no subsolo da unidade assustou a direção, que preferiu deixar o imóvel até que seja verificada a causa do problema. Segundo a diretora, toda vez que chove, a água da rua invade o porão do imõvel. O Saae já foi até o local e verificou que não se trata de água tratada, nem esgoto, restando a possibilidade de ser água da chuva.
Danos causados pelas chuvas em frente à creche e às casas dos moradores vizinhos
A mudança de endereço alterou a rotina e a capacidade de atendimento da creche, que na rua Marly Azevedo, antes da pandemia, atendia 60 crianças de 4 meses a 5 anos de idade. Agora, no endereço provisório, a capacidade é de 30 crianças e o berçário foi desativado, mantido apenas o atendimento a crianças de 2 a 5 anos.
Além disso, o processo seletivo para 2022 foi cancelado, tendo em vista a limitação do espaço atual. Ainda de acordo com a direção do CEI Santa Rita de Cássia, o problema foi novamente apresentado ao Executivo durante reunião no último dia 4.
O prefeito Raimundo Nonato e o secretário de Obras, Arimathea Marques, participaram do encontro e, segundo a diretora, se mostraram sensíveis à demanda. A prefeitura se comprometeu a realizar obras no local, com a construção de rede pluvial definitiva, mas somente após o período chuvoso, ou seja, abril de 2022.
CEI SANTA RITA DE CÁSSIA
Inaugurado e m 2009, o CEI Santa Rita de Cássia é um alívio para mães e pais que precisam trabalhar e não têm condições de pagarem creche particular. O atendimento é totalmente gratuito e em tempo integral. O serviço é financiado por doações e recursos da paróquia de Santa Rita de Cássia, por meio de dízimos e ofertas dos fiéis.
A comunidade escolar possui uma relação de afeto com o imóvel onde a creche funciona. A casa no 37 da rua Marly Azevedo é uma doação reconhecida em testamento, feita por um casal que ali morou por muitos anos. Antes de falecerem, José Pimentel de Souza e Maria da Conceição Coelho de Souza incluíram a Paróquia Santa Rita de Cássia em seus testamentos, passando a propriedade do imóvel para a igreja e manifestando desejo de que a casa fosse usada para projetos de amparo a famílias carentes.
O desejo do casal foi realizado e, em 2007, a Congregação Irmã Oblatas de Nazaré, em parceria com a paróquia, investiu no espaço e inaugurou, dois anos depois, a creche que hoje atende a crianças carentes dos bairros União, São Sebastião, Santa Clara, Betânia, Coelhas, Santo Antônio e diversas outras localidades.
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