A convivência em Viçosa com o eterno problema do lixo
Há os que afirmam que o serviço de coleta e destinação do lixo em Viçosa está a um passo de ser terceirizado. A informação não é confirmada pela diretoria do Saae, mas uma pessoa ligada à administração municipal informou ao Folha da Mata que o executivo vê esta como a única saída para a solução do problema. Estudos nesse sentido já estariam sendo feitos.
Enquanto isso não acontece, são raras as edições do jornal Folha da Mata em que o leitor deixa de encontrar algum texto retratando o eterno e difícil problema do lixo em Viçosa.
Em 2009, a Câmara Municipal aprovou a Lei 2002/09, transferindo os serviços de Limpeza Urbana da cidade para o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). A autarquia é responsável pelos serviços varrição de ruas, coleta do lixo, operação do aterro sanitário e da usina de reciclagem. A média diária de geração de resíduos sólidos domésticos recolhidos no município é de 55 toneladas, sendo 5% do montante dos resíduos recolhidos encaminhados para usina de reciclagem e o restante, enviado ao aterro sanitário.
O certo mesmo é que a gestão de resíduos na cidade ainda possui várias limitações, chegando ao ponto de caminhões coletores ficarem parados por falta de manutenção adequada.
Outros incômodos são destacados, como o derrame constante de chorume pelas ruas da cidade. Por onde o caminhão passa fica o rastro de um líquido malcheiroso; a coleta é deficitária com caminhões parando na contramão de direção, complicando ainda mais o já infernal trânsito da cidade.
Sem contar que a população não colabora e o desrespeito ao horário de coleta é evidente com o lixo sendo colocado nas calçadas e em outros pontos depois que o caminhão de coleta passa.
Na Rua dos Passos, por exemplo, há 15 dias, perto da Igreja dos Passos, moradores depositaram no passeio (que já é estreito) restos de um guarda roupas, de uma cama e sobras de material de construção. No bairro Santa Clara, em quase toda a extensão da avenida Juscelino Kubitschek, permanece há dias sacos plásticos com capim que foi ajuntado pela empresa que está fazendo a capina mecânica na cidade. Essa mesma situação pode ser observada em outros bairros.
No Laranjal (bairro São José) um funcionário do Saae faz a varrição e junta o lixo (folhas, plásticos e papeis) na rua Sebastião Maria, onde os próprios moradores dão um fim colocando fogo no monturo, porque o material não é recolhido.
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