Exibição audiovisual movimenta a cena do skate em Viçosa
A sessão ocorre às 19h, na rua Padre Serafim
Nesta sexta-feira (6), praticantes e amantes do skate terão oportunidade de um momento de integração. Haverá na cidade a première do vídeo Ágoras. A sessão ocorre às 19h, na rua Padre Serafim, n° 133, centro.
Ágoras é uma produção da Flanantes, sendo um curta (um vídeo base) para uma produção audiovisual maior, ainda em construção.
O Flanantes é um coletivo audiovisual, originário de São Paulo, fundado por Murilo Romão, que hoje atua como skatista profissional, comunicador social, videomaker e diretor. Faz parte do coletivo também os skatitas Luís Apelão, Diego Wanks, Leonardo Fagunes, Gustavo Dias, Pedro Volpi, André Porto (que também é designer e diretor de arte), Klaus Bohms e Daniel Marques (que criam também nas trilhas sonoras), além de vários colaboradores pelo Brasil, que enviam imagens que podem ser usadas nos vídeos.
O Flanantes surgiu de forma espontânea em meados de 2015, após a lançamento de “Ser do Centro”, que foi a primeira produção do coletivo que questiona o direito à cidade, através das sessões de skate pelas ruas e praças. Muitos conflitos e debates são levantados, principalmente, após a estreia da nova praça Roosevelt que restaurou a noção de espaço público na área central de São Paulo. É um grupo aberto, que busca inspiração na arte de fanar e ler a cidade, torná-la um objeto de investigação e apropriação. Flanantes fazem “botânica no asfalto”, buscam reinventar o cotidiano através das descobertas de novos lugares e possibilidades para a prática do skate, registrando essas sessões de maneira fiel, potente e com movimentos dinâmicos de câmera para conseguir acompanhar os caminhos feitos pelos skatistas, assim como as manobras. É uma busca constante de alterar e ser alterado no espaço urbano, é brincar com a materialidade da urbe e talvez se perder, buscando o que alguns urbanistas modernos se esquecem diante de tantas preocupações e que é imprescindível para os amantes das grandes cidades: poetizar o urbano.
Os vídeos, mostras e eventos, buscam o reconhecimento, por parte dos espectadores e atores, de seus direitos humanos, sociais e culturais, principalmente para aqueles os quais a oferta de serviços públicos e de cultura é precária. Tornar espectadores em atores que moldam os usos e se apropriam do meio; mentes criativas transgressoras à regra.
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