Desgaste prematuro da faixa elevada da Rua dos Passos

Desenvolvidas para contribuir com a melhoria das condições de acessibilidade e segurança dos pedestres nas vias públicas da cidade, com a ampliação da visibilidade da travessia dos pedestres e redução da velocidade dos automóveis, algumas das faixas elevadas construídas pela Prefeitura em diversas vias públicas urbanas de Viçosa, vêm apresentando sinal de desgaste. O caso mais patente é o da faixa localizada na Rua dos Passos, que deixa dúvidas sobre a qualidade do concreto utilizado na sua confecção. Na rampa de acesso, por exemplo, as grades de metal de sustentação da faixa estão ficando à mostra, expondo o trânsito ao perigo de acidentes.
Além disso, a canaleta de escoamento da faixa, do lado que margeia a calçada do jardim da pracinha dos Passos, está entupida há muito tempo e toda vez que chove, forma-se ali uma lagoa que leva tempo para escoar-se, submetendo os passantes e quem se arrisca a descansar nos bancos próximos, a inesperados banhos de água suja a cada passagem de veículo. Ao todo, foram construídas 27 faixas elevadas em toda a cidade, ao custo de aproximadamente R$ 180 mil.
Mas algumas outras faixas, desde o início de sua liberação ao trânsito, já apresentaram falhas de execução, como, por exemplo, na altura da rampa, e tiveram de ser rebaixadas.
A empresa responsável pela construção (em 2016) e manutenção da faixa, é a Construtora e Imobiliária Feranto Ltda, de Visconde de Rio Branco, contratada pela Prefeitura Municipal de Viçosa por meio de licitação.
O Jornal entrou em contato com a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Smosp), e, segundo o Diretor de Obras Terceirizadas, Diogo Antônio Barroso de Andrade Rezende, várias notificações foram enviadas para a empresa, pedindo que solucionasse o problema, conforme contrato celebrado com o Município. Porém, disse o servidor, a empresa alegou que a deterioração não era de sua responsabilidade, porque começou após o aumento inesperado de trânsito pesado pela Rua dos Passos, no período em que a Avenida Marechal Castello Branco esteve interditada, no final do ano passado, por causa do deslizamento de barranco sobre a pista nas proximidades do terminal rodoviário da cidade.