Aumento da conta de luz mantém inflação em Viçosa
Dados são do IPC-Viçosa, referente ao mês de agosto
O Índice de Preços ao Consumidor de Viçosa (IPC-Viçosa), calculado pelo Departamento de Economia da UFV, apresentou inflação de 0,68% em agosto, índice menor do que o verificado no mês de julho. Nos últimos doze meses, foi a décima primeira inflação consecutiva, segundo a pesquisa.
Dos sete grupos que compõem o IPC-Viçosa, quatro registraram aumento nos preços dos produtos e serviços: Artigos de Residência (4,69%); Habitação (3,60%); Transporte e Comunicação (0,87%); e Educação e Despesas Pessoais (0,05%). Já as reduções de preços foram constatadas nos itens dos grupos Alimentação (-1,24%); Vestuário (-1,14%); e Saúde e Cuidados Pessoais (-0,69%).
Dentre todos os itens pesquisados, os que mais subiram de preço foram toalha de papel (33,84%), energia elétrica residencial (15,23%), diesel (12,04%), conjunto de sofá de 2 e 3 lugares (13,28%) e panela de pressão (13,04%). Já as maiores quedas foram constatadas nos preços nos itens amido de milho (-18,66%), aveia (-17,92%), adoçante artificial (-17,70%), pé de porco (-13,29%), orelha de porco (-12,77%), geléia (-12,52%), cosméticos (-12,39%) a alcatra (-10,97%).
A pesquisa destacou o recente reajuste de 15,23% na energia elétrica residencial. O aumento na conta de luz está ligado ao fim da incorporação do bônus de Itaipu referente ao saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica da usina hidrelétrica em 2022.
Em compensação, a redução média de preços dos alimentos (-1,24%) foi fundamental para amenizar o impacto do reajuste da energia elétrica no índice, uma vez que tal grupo é o de maior peso no cálculo do IPC-Viçosa. Essa queda, provocada pela maior oferta desses produtos no mercado, foi importante também para a diminuição do custo da cesta básica no mês de agosto.
Ainda segundo a equipe do IPC-Viçosa, a cesta básica estava custando R$ 533,24, ou seja, R$ 17,06 mais barata em comparação ao mês de julho, cujo custo havia sido de R$ 550,30, uma redução de 3,10%. Os produtos que mais contribuíram para a redução do custo da cesta básica foram batata-inglesa (-10,16%), feijão vermelho (-8,05), açúcar cristal (-7,52%), café em pó (6,34%) e carne bovina de segunda (-6,14%).
O trabalhador viçosense que ganhou um salário-mínimo de R$ 1.320,00 em agosto gastou 40,40% de sua renda para adquirir os produtos que compõem a cesta básica de alimentação, segundo o levantamento do Departamento de Economia da UFV.
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