UFV desenvolve e registra sua segunda variedade de trigo
Chamada de UFVT N2401, ela se destaca pela precocidade, elevado rendimento de grãos e qualidade de farinha para a indústria de panificação
A Universidade Federal de Viçosa registrou, junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a sua segunda variação de trigo. Chamada de UFVT N2401, ela se destaca pela precocidade, elevado rendimento de grãos e qualidade de farinha para a indústria de panificação. Além disso, este tipo foi selecionado a partir de dados de 14 ambientes de Minas Gerais, sendo recomendada para o cultivo em regiões tropicais e com sistemas irrigados.
Para uso eficaz, a semeadura recomendada é entre os meses de abril e maio, com demandas de cultivo em ciclo curto, já que há um intensivo sistema de produção em área de irrigação sob pivô central.
A variedade foi desenvolvida no Programa Trigo UFV, que é vinculado ao departamento de Agronomia e coordenado pelo professor Maicon Nardino. Segundo Maicon, o programa está em um ótimo nível de avanço e, agora, já há outras linhagens em fase final de avaliação, estas que, por sua vez, estarão no mercado para atender às demandas do setor brasileiro.
O Brasil, atualmente, é um país dependente de importação de trigo, mas, trabalhos de pesquisadores da UFV em parceria com universidades da Flórida e de Munique identificaram uma área para cultivo de 2,5 milhões de hectares, podendo levar o país à autossuficiência.
“A obtenção de área potencial é o primeiro passo para o aumento de produção em busca da autossuficiência, mas ainda há necessidade de tornar o trigo nacional um cereal competitivo frente aos argentinos. Nesse sentido, os trigos produzidos em regiões tropicais têm demonstrado maior competitividade pela elevada qualidade industrial, rendimento de grãos e pela época antecipada de entrada no mercado", explica o professor Maicon.
Fonte: UFV
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