Servidores da UFV decidem manter a greve que já completou 90 dia
Nesta sexta-feira, 28, os técnico-administrativos da Universidade Federal de Viçosa se reuniram em assembleia no Pavilhão de Aula II (PVB) para decidir o futuro da greve. Na assembleia, os servidores que se manifestavam se mostravam indignados com a proposta do reajuste feita à categoria pelo Governo Federal, que oferece 21,3% parcelado em quatro anos.
Atendendo ao voto da ampla maioria presentes, a greve continua.
Outra assembleia foi marcada para próxima sexta-feira, 4.
No dia 28 de maio de 2015, os servidores administrativos da UFV e de outras instituições federais entraram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada no dia 25 de maio após uma reunião geral da categoria. Dentre as reivindicações, os funcionários buscavam a reestruturação da carreira, reajuste salarial e mais financiamento na educação pública.
Os grevistas pediram um reajuste de 27%, mas no dia 25 de junho, o governo se reuniu com as entidades representativas dos servidores públicos e apresentou a proposta de 21,3% de ajuste em quatro anos, sendo 5,5% em 2016; 5% em 2017; 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. No entanto, a proposta não foi aceita.
Para alguns analistas, a greve e as reivindicações dos técnicos-administrativos não tem cabimento em função da crise econômica que o país passa. Já o Comando Local de Greve da Asav publicou nota afirmando que “entendemos (os servidores) que nada temos a ver com a crise atual e nos recusamos ser penalizados mais do que já estamos sendo todos os dias.”
Na UFV, desde o início da greve, os estudantes e a comunidade ficaram prejudicados, pois alguns setores reduziram seu horário de funcionamento. O Restaurante Universitário passou a não oferecer o café da manhã, o lanche alternativo e o almoço aos domingos, a Biblioteca Central não funciona mais nos finais de semana e a Divisão de Saúde a não ofertar alguns serviços como psicologia e odontologia.
Em agosto, enquanto algumas universidades federais suspendiam o início das aulas, a UFV voltou às aulas, no dia 3, mesmo dia em que os grevistas realizaram um ato de greve no campus, com o bloqueio da avenida principal e manifestação em frente a Reitoria.
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