HSJB reclama de morosidade na transferência de recursos

HSJB reclama de morosidade na transferência de recursos

O Hospital São João Batista (HSJB), de Viçosa, da mesma forma que a grande maioria das instituições hospitalares do País, vem passando por uma séria e grave crise financeira e a falta de correção dos valores das tabelas dos serviços pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é apontada como a grande causadora dessa situação que vem de anos.
Já são 14 anos sem correção de nenhum valor e, em contrapartida, os custos de manutenção dos serviços oferecidos pelos hospitais aumentam a cada dia.
Essa afirmação é do diretor administrativo do Hospital São Joao Batista, Sérgio Cardoso Pinheiro (foto box), que luta para receber uma dívida de mais de 1 milhão de reais do Estado de Minas Gerais.
De acordo com uma planilha de custos apresentada pelo HSJB, somente com despesas relativas ao Centro de Tratamento Intensivo (CTI), o Governo de Minas deve ao hospital R$ 415.481,09. Os recursos atrasados do Programa de Fortalecimento e Melhoria da Qualidade dos Hospitais do SUS/MG (Pro Hosp) estão na casa dos R$ 408.794,57. No Serviço de Hemodinâmica a dívida é de R$ 19.054,74 e no Setor de Nefrologia o HSJB tem a receber do SUS R$ 179.733,12.
Segundo Sérgio Pinheiro, no início desse mês foi feito um pedido de informações sobre as possibilidades de pagamento das dívidas na Ouvidoria Geral do Estado de Minas Gerais e, para surpresa da direção do hospital, a resposta do Governo foi a de que “Sua demanda foi recebida e está sendo processada. O prazo máximo para resposta é 12/02/2018”.
Em nota encaminhada à Câmara Municipal de Viçosa, Sérgio Pinheiro desabafa e lamenta a posição do Estado em protelar o pagamento de uma dívida assumida e de, ainda, determinar um prazo de até oito meses para responder a uma demanda de um Hospital em crise financeira e com obrigações a serem cumpridas em diversas áreas.

Plantões
O certo é que a constante falta de médico plantonista no Hospital São João Batista tem deixado a população apreensiva e preocupada com o futuro da instituição.
De acordo com Sérgio Pinheiro, desde que um dos médicos plantonistas (são cerca de 10) teve de se afastar para cuidar da sua saúde, o rodízio nos plantões do São João Batista nunca mais foi o mesmo. Mas ele pontua que essa situação já está se normalizando, nesse mês de junho, e a tendência é melhorar ainda mais a partir de julho.