A fundação da Comunidade Terapêutica “Divina Providência”

A fundação da Comunidade Terapêutica “Divina Providência”

A abertura da casa feminina “Divina Providência”, destinada às dependentes químicas, teve como inspiração primeira o desejo da irmã Maria Auxiliadora Silva, Carmelita, já com os seus 85 anos, quando interpelou à irmã Cor-Marie Santana Gonçalves e à Cláudia Teixeira Ferreira: “Vocês estão trabalhando com os homens. E as mulheres que são muitas também na droga?” A partir deste alerta, Cor-Marie e Claudia passaram a pensar numa casa para mulheres, que foi inaugurada no dia 27 de agosto de 2012, na cidade de Porto Firme.
“Iniciamos em casa alugada, com a ajuda da Congregação das Carmelitas da Divina Providência. A casa tinha capacidade para receber doze internas. Convocamos uma primeira assembleia para aprovarmos o estatuto, o regimento interno e a programação a ser executada. A equipe de voluntários de Viçosa era bem grande e trabalhava com a Laborterapia. A palavra labor significa trabalho e terapia, cura”, contam.
A metodologia da casa baseava-se na trilogia: espiritualidade, laborterapia e disciplina. A espiritualidade foi assumida pelas Ministras da Eucaristia da Igreja de Porto Firme e os grupos de oração, com o estudo e reflexão sobre os Doze Passos do Cristão (texto elaborado pelo Pe. Haroldo). Esta equipe foi coordenada pela irmã Vâner Alvarenga Duarte.
A casa estava sendo mantida com a ajuda de um carnezinho e de um cofre amigo que eram colocados em padarias e em outros comércios de Viçosa e com poucos doadores de um dinheiro maior.
“As dificuldades eram muitas. Assim, decidimos arranjar outra casa e sair do aluguel, quando, felizmente recebemos uma casa na Piuna área rural de Viçosa. Enquanto a casa da Piuna ficasse pronta, ou seja, em condições de uso tivemos uma grande graça de Deus. A “Fazenda da Esperança” de Alegre, no Estado do Espírito Santo, acolheu as mulheres que ainda precisavam de mais tempo para se recuperarem. Pois no grupo das internas, cinco delas se recuperaram no final de sete meses e logo se integraram nas famílias, na sociedade e em bons mercados de trabalho em Viçosa e entorno. Hoje estamos agradecendo de coração aos viçosenses, aos portofirmenses, a Rádio Montanhesa, ao Paulinho Brasília, ao Caetano Saraiva que não media dedicação e esforços até poder entregar a casa em ótimas condições. Agradecemos ainda a muitas outras pessoas que nos ajudaram”, finalizam elas.