Campus da UFV ganha ciclofaixas
Universidade decidiu reduzir o espaço destinado ao trânsito de veículos automotores, que terão que dividir as pistas com ciclistas, nos dois sentidos
Quem passou pela avenida P.H. Rolfs, no campus da Universidade Federal de Viçosa (UFV), nesta semana, notou pinturas no asfalto, na cor vermelha, acompanhando o contorno das rotatórias. Segundo a instituição, trata-se da primeira fase de implantação de um sistema de vias cicláveis (ciclofaixas), projeto concluído em julho do ano passado e que, após obras de readequação, começa a ser executado.
A implantação de ciclofaixas é uma demanda antiga da UFV e, de acordo com a Pró-Reitoria de Administração (PAD), os objetivos são facilitar a mobilidade urbana, contribuir com o deslocamento da comunidade universitária e permitir maior fluidez no trânsito.
O projeto contempla o trecho da avenida P.H. Rolfs entre as Quatro Pilastras e o início do trecho da “nova P. H. Rolfs”, logo após o Restaurante Universitário II. Contempla também o trecho da avenida da Agronomia, onde fica o supermercado Escola, entre a rotatória próxima à Caixa Econômica Federal e o acesso à MG-280.
Após diversos estudos e análises, a UFV optou por adotar o modelo de ciclofaixas bidirecionais, integradas ao trânsito, contemplando as duas mãos de direção das pistas. Como relatado pela equipe técnica da PAD, a ciclovia segregada do trânsito foi o primeiro modelo considerado para a implantação do sistema cicloviário no campus Viçosa. No entanto, após várias análises, concluiu-se que este sistema geraria problemas para a solução das conexões entre os meios de transporte e conflitos com pedestres na região central do campus, onde há muitas entradas, saídas e cruzamentos.
De acordo com o arquiteto da Gerência de Projetos e Contratação de Obras da UFV, Giovani Correa Giacomini, o uso das ciclofaixas bidirecionais integradas ao trânsito soluciona “de forma muito mais harmoniosa as interações entre os diversos modos de transporte”. Dentre as vantagens da adoção do sistema de ciclofaixas na pista estão: menor largura da faixa ciclável, maior flexibilidade e menor custo de implantação e manutenção.
Ainda segundo a UFV, a opção pela adoção das ciclofaixas bidirecionais como modal principal não exclui a possibilidade de criação de ciclovias segregadas, seja para uso com fins de lazer, seja como alternativa para conexão com sistemas cicloviários vizinhos, como a proposta de ciclovia beira-linha da Prefeitura de Viçosa, apresentada na gestão passada.
Para que o projeto pudesse ser executado dentro das normas legais, foram necessárias obras de alargamento da avenida nos trechos de rotatórias. Essas obras foram realizadas nos últimos meses. A pintura das ciclofaixas começou pelas rotatórias e foram pintadas todas de uma só vez, evitando novas interdições no trânsito. O restante das intervenções ocorrerão nos cantos das pistas.
Segundo a UFV, o projeto teve como base o Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta, as orientações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e outras referências pertinentes. Para a sua finalização, foram consideradas questões relacionadas ao tipo de fluxo desejado, segurança e operacionalidade, além de boas práticas adotadas no Brasil e no exterior.
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