UFV sofre corte de R$ 19,6 milhões no orçamento
Lei Orçamentária Anual, aprovada pelo Congresso, reduz 18,6% dos repasses
A Universidade Federal de Viçosa (UFV) terá um grande desafio em 2021: manter o funcionamento da instituição com 18,6% recursos financeiros a menos em comparação com o orçamento do ano passado. Com a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA-2021), a UFV vai deixar de receber R$ 19.626.000,00 ao longo do ano.
A maior redução está no orçamento de custeio, que sofreu perda de R$ 15,988 milhões. Os valores destinados à aquisição de equipamentos e realização de novas obras foi reduzido em R$ 638 mil. E os cortes no Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) chegam a R$ 3 milhões.
Os cortes orçamentários motivaram uma nota à comunidade universitária, divulgada na última segunda-feira, 19 e assinada pelo reitor, Demetrius David da Silva e a vice-reitora, Rejane Nascentes. O texto destaca que, além da queda na receita, o impacto se dá também pelo processo inflacionário, que elevou o valor de muitos contratos firmados por fornecedores com a UFV, em diversas áreas.
A reitoria informou que vem adotando medidas de adaptação às restrições orçamentárias desde 2019, incluindo a reavaliação de contratos continuados, adequação do quantitativo de servidores terceirizados, redução de bolsas de monitoria e estágio e redução de despesas com energia elétrica. Todas as alternativas, na visão da Administração Superior, entretanto, já se esgotaram. “Nos causa grande apreensão o cenário que se configura para os próximos meses, e é nosso dever alertar toda a comunidade universitária acerca das dificuldades e ameaças que deverão ser enfrentadas”, diz a nota, que finaliza renovando o compromisso da atual gestão da universidade em “mover todos os esforços possíveis em prol da UFV”.
LOA 2021
A Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelece as diretrizes para a elaboração e execução dos recursos da União para o ano. O Congresso aprovou a LOA 2021 com três meses de atraso, finalizando o processo no mês passado. Diversos setores sofreram cortes: a educação perdeu 27% do orçamento em relação ao ano passado, ficando com R$ 74,56 bilhões. A área de ciência e tecnologia foi afetada com redução de 28,7% do orçamento de 2020 e a saúde perdeu R$ 24 bilhões de um ano para o outro.
A LOA 2021 possui um teto de gastos que chega a R$ 1,48 trilhão e está publicado no Diário Oficial da União.
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