UFV é premiada como a universidade mais empreendedora do Brasil

Entre as federais, a UFV é a primeira no ranking que avalia o empreendedorismo nas instituições de ensino. A premiação aconteceu na quarta-feira, 8, em Brasília

UFV é premiada como a universidade mais empreendedora do Brasil

Nesta quarta-feira, 8, no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), o reitor Demetrius David da Silva e a coordenadora da Central de Empresas Juniores da UFV (Cemp), Cibele Cláuver recebram a premiação entregue pela presidente executiva da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, Fernanda Amorim, e pelo coordenador geral do Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE), Henrique Michelini. 

O prêmio corresponde a exelente colocação da UFV no ranking que avalia as universidades mais empreendedoras do Brasil, em 2021. Na lista geral, incluindo 126 universidades de 27 unidades federativas, a UFV ocupa o terceiro lugar, atrás apenas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, a federal viçosense foi classificada em primeiro lugar, dentre as federais do ranking e ficou em segundo lugar nas dimensões cultura empreendedora e infraestrutura, do sudeste.

Segundo a coordenadora da Cemp, Cibele Cláuver, “essa premiação consagra todo o movimento empreendedor da UFV e nos destaca como referência em nível nacional. Nossa Universidade tem o empreendedorismo em seu DNA e queremos desenvolvê-lo cada vez mais”. Ela agradeceu o empenho e a dedicação dos empresários juniores e ressaltou que a premiação é um marco histórico que chega acompanhado de muita responsabilidade.

Também estavam presentes a vice-reitora Rejane Nascentes, que preside o Conselho de Administração do Parque Tecnológico de Viçosa (Tecnoparq), e Adriana Ferreira de Farias, diretora executiva do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (Centev).

Em novembro, a UFV já havia sido premiada como a universidade mais empreendedora de Minas Gerais pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores - Brasil Júnior.

METODOLOGIA RUE

O RUE é realizado desde 2016, pelo Movimento de Empresas Juniores (MEJ), composto por milhares de empresas juniores de todo o Brasil. Todas as universidades brasileiras são convidadas a participar para representar, da melhor forma possível, a situação empreendedora da educação superior. Segundo o documento que divulga o ranking, o MEJ entende uma universidade empreendedora como uma comunidade acadêmica inserida em um ecossistema favorável para desenvolver a sociedade por meio de práticas inovadoras. Para isso, é preciso ter postura empreendedora, que é também a proatividade para resolver problemas, assumindo riscos e aproveitando as oportunidades.

A classificação é feita na perspectiva discente e contou, este ano, com a colaboração de mais de 24 mil estudantes. Além das informações preenchidas por eles, a metodologia conta, ainda, com a participação de embaixadores, que são alunos encarregados de coletar dados, e a autodeclaração das universidades, que fornecem as informações solicitadas. Nesta quarta edição, foi preciso adaptar a metodologia do RUE para o contexto de Ensino Remoto Emergencial em decorrência da covid-19.

CLASSIFICAÇÃO

Para a classificação, o RUE avalia os seguintes indicadores: capital financeiro, cultura empreendedora, extensão, infraestrutura, inovação e internacionalização. No item extensão, a UFV ocupa o segundo lugar geral do ranking nacional. Esta dimensão abrange a percepção acerca das ações que a universidade realiza em conjunto com o ecossistema, promovendo um ambiente favorável ao desenvolvimento de pesquisas compartilhadas com o público externo. No indicador internacionalização, que avalia a conexão entre a universidade e o ecossistema internacional, a UFV ocupou o 10º lugar entre as 126 universidades avaliadas. Em infraestrutura adequada à execução e ao desenvolvimento das atividades, a UFV ocupou o segundo lugar geral. Já em capital financeiro, indispensável para proporcionar as condições básicas para o desenvolvimento de iniciativas a partir da infraestrutura e do corpo administrativo, a Universidade ficou em sétimo lugar.

O documento do RUE avalia, ainda, que, entre os desafios a serem enfrentados para que as universidades possam ser ainda mais relevantes para estimular o empreendedorismo, estão a governança, a capacidade de gerar métricas e o estímulo à cultura e financiamento. Neste item, o documento conclui que o orçamento executado dos principais fundos de apoio à pesquisa e às universidades no Brasil estão sendo recorrentemente sucateados e a perspectiva para o ano de 2022 é ainda pior, prejudicando ainda mais a contribuição das instituições.