Sessão Solene oficializa recondução da reitora ao cargo e dá posse ao vice-reitor

Sessão Solene oficializa recondução da reitora ao cargo e dá posse ao vice-reitor

A recondução da reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares e a posse do vice-reitor João Carlos Cardoso Galvão aconteceram, na última sexta-feira, 19, no Espaço Acadêmico-cultural Fernando Sabino, em sessão solene do Conselho Universitário (Consu).
Inicialmente presidida pelo decano do Consu, o pró-reitor de Planejamento e Orçamento, Sebastião Tavares de Rezende, a cerimônia foi marcada pelos simbolismos que tradicionalmente caracterizam o momento. Houve a condução da reitora e do vice-reitor, pelos diretores dos centros de ciências, à mesa de honra; a colocação do colar reitoral na professora Nilda e da pelerine (pequeno manto sobre os ombros) no professor João Carlos.
A imprensa universitária da UFV destacou um significado marcante nessa solenidade: a recondução da professora Nilda de Fátima Ferreira Soares ao cargo de reitora, lembrando que ela, além de ter sido a primeira mulher a assumir a função, em 2011, também é pioneira em gerir a Universidade por dois mandatos seguidos. O segundo será de 2015 a 2019.
Da mesa oficial da cerimônia, além da reitora e o vice e do pró-reitor Sebastião Tavares, tomaram parte o ex-reitor da UFV Antônio Lima Bandeira; o secretário de Órgãos Colegiados, Afonso Augusto de Teixeira de Freias de Carvalho Lima; o prefeito Ângelo Chequer; a presidente da Câmara de Vereadores Marilange Pinto Coelho; os deputados estaduais Paulo Lamac e Roberto Andrade e a assessora da direção do Foro de Viçosa, Kátia Portes.
Em seu discurso, a professora Nilda se disse extremamente honrada pela distinção que recebeu da comunidade universitária, confirmada pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, de delegar a ela a tarefa de conduzir a Universidade Federal de Viçosa pelos próximos quatro anos, após um processo democrático que envolveu todos e que, segundo ela, “traduz tudo o que queremos para UFV: consolidá-la cada vez mais como um espaço aberto ao diálogo, ao questionamento, ao pensamento crítico e, sobretudo, permeável às diferenças, sem privilegiar nada ou ninguém, mas dando a todos e todas o direito da palavra e o devido reconhecimento. E nunca é demais repetir: um espaço onde direitos são assegurados e não cerceados”.
Nilda reafirmou o compromisso da administração superior da UFV em combater todas as formas de opressão e preconceito, dentro e fora dos campi. E disse: “em nossa gestão, a violência não pode ser relativizada e não será! Este compromisso ultrapassa nosso papel na reitoria e deve ser incorporado como um pressuposto da vida coletiva na defesa de direitos fundamentais. Essa foi e será a nossa defesa”.
Disse ainda em seu discurso “além de mais vagas, precisamos garantir ao estudante ingressante a permanência com qualidade, seja por demanda de vulnerabilidade econômica ou por desempenho acadêmico. A evasão nas universidades é um fator que requer atenção por ser um problema de múltiplas causas. Precisamos enfrentá-lo com programas de acompanhamento do discente, utilizações de metodologias pedagógicas adequadas e avanços nas nossas propostas curriculares”.
Como parte de um conjunto de ações combinadas para este fim, ela citou o projeto Primeiro Ano, que envolverá, por exemplo, o acompanhamento acadêmico do estudante, incentivo à sua participação em atividades esportivas, culturais e de interação com a comunidade, privilegiando o trabalho em grupo.

Manifestações
Antes de o evento começar, o representante do Comando Local de Greve dos Técnicos Administrativos da UFV, Reinaldo Batista Barbosa, expôs as reivindicações da categoria em greve desde 28 de maio. O movimento feminista estudantil também foi representado na fala da estudante Isabela Leal, que reafirmou o desejo de uma universidade inclusiva e plural, sem preconceitos e opressões. Desejo que foi reforçado por uma manifestação de outros estudantes, com palavras de ordem contra o machismo, o racismo e a homofobia. Alunos e professores de Economia Doméstica também se manifestaram, por meio de cartazes, pelo não fechamento do curso.
Sobre as manifestações, a reitora disse que a Universidade, em sua gestão, sempre se pautou pelo diálogo e pelo respeito. Para sua nova gestão, garantiu: “trabalharemos fortemente para uma interação cada vez maior na Universidade, para que a comunidade possa caminhar e compreender toda a diversidade, não admitiremos nenhum tipo de opressão”.