Reinados e Congados serão considerados Patrimônio Imaterial de Minas Gerais
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) anunciaram nesta terça-feira (30/7) que Reinados e Congados do estado serão declarados como Patrimônio Cultural Imaterial. Um dossiê com mais de 900 cadastros será apresentado no próximo sábado (3/8), durante a celebração da primeira edição do festival Cozinha das Afromineiridades.
De acordo com João Paulo Martins, presidente do Iepha-MG, desde 2021, o instituto trabalha na catalogação e pesquisa sobre essas expressões culturais para a produção do dossiê. O documento será apresentado na reunião do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) e ressalta a importância histórica, social e cultural dos congados e reinados para o estado, definindo ações de salvaguarda para a proteção dessas tradições.
“A presença da cultura afro, negra, congadeira, é algo constitutivo de Minas Gerais. Dos 300 anos de estado, também são 300 anos de cultura negra mineira, faz parte da nossa identidade, e por isso é importante ser registrado como patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais”, explica ele.
Para Isabel Casimira, Rainha Conga de Minas Gerais e das Guardas de Moçambique e Congo 13 de Maio de Nossa Senhora do Rosário, o reconhecimento dos reinados e congados como Patrimônio Cultural Imaterial do estado é motivo de felicidade.
“Estamos colhendo as frutas que os nossos ‘tatas’ plantaram. Minha avó foi raiz, minha mãe foi tronco e eu sou fruta, que semeia. É um reconhecimento maravilhoso pelo trabalho que o nossos ‘tatas’ fizeram na construção de Belo Horizonte e de Minas Gerais para que, hoje, nós tenhamos êxito em participar desse evento maravilhoso que tende a atender o máximo de pessoas em Minas Gerais, e a reafirmar que tudo é de todo mundo, então tudo é nosso também", dita ela.
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