Projeto da UFV e da ONU instala sistema fornos-fornalha em sítio de São Miguel do Anta

O sistema pretende reduzir drasticamente a emissão de gases tóxicos que contribuem para o efeito estufa emitidos pela queima de carvão

Projeto da UFV e da ONU instala sistema fornos-fornalha em sítio de São Miguel do Anta

A Prefeitura de São Miguel do Anta apoiou e esteve presente no Dia de Campo para apresentação do Sistema Fornos-Fornalha implantado no sítio Contenda, na zona rural, que tem por objetivo reduzir drasticamente a emissão de gases tóxicos causadores de efeito estufa emitidos pela queima de carvão. 

O "Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento" apoiou o projeto foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV)  que apresentou, na última semana, todo o funcionamento da estrutura adivinha de uma tecnologia que tem tornado a produção de carvão vegetal mais sustentável, além de melhorar o rendimento do item e as condições de trabalho no setor.

A Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de São Miguel do Anta agradeceu ao proprietário do sítio, sr. Vicente Lelis, pela recepção e ao Márcio Lelis pelo convite e organização do evento. O projeto foi coordenado pela professora Cássia, que esteve apresentando juntamente com demais integrantes de sua equipe. Estiveram também presentes carvoeiros do município de São Miguel do Anta, a Emater, Sindicato Rural e funcionários da Santelis Eucaliptus. 

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Foto: Prefeitura de São Miguel de Anta

MUDANÇAS NO FORNO

Um desafio dessa atividade é a forma de se carbonizar a madeira. No forno tradicional, o carvoeiro controla o processo observando a cor e o cheiro da fumaça e tocando no forno para verificar a temperatura. Este modelo prejudica o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores.Para fugir dessa metodologia, os pesquisadores da UFV desenvolveram uma tecnologia chamada forno fornalha.

Seu diferencial é que, no forno tradicional, a fumaça liberada vai para a atmosfera. Já nele, o eucalipto é colocado em fornos feitos de tijolos, ligados a uma fornalha, onde os gases poluentes, como o metano, são queimados e transformados em gás carbônico, água e calor.

Depois, o próprio processo de fotossíntese das árvores ajuda na absorção do gás carbônico, um dos responsáveis pelo efeito estufa. A UFV estuda formas de captar a energia e direcionar para outros usos, como a secagem de grãos e a geração de eletricidade.

Além do ganho para o meio ambiente, os estudos comprovaram um rendimento de até 25% a mais com o uso da tecnologia.