Pinacoteca da UFV faz adaptações para receber público com deficiência visual

Pela primeira vez, uma exposição da Pinacoteca da Universidade Federal de Viçosa (UFV) teve seu circuito de visitação adaptado para receber pessoas com baixa visão e cegueira. Isso possibilitou que, na última semana, a exposição Tanto Mar recebesse um grupo do Centro Especializado em Reabilitação (CER) - Apae Viçosa e dois estudantes da UFV com deficiência visual. Por meio do recurso de acessibilidade Audiodescrição (AD), os visitantes puderam conhecer as fotografias e poesias que compõem a exposição. 

O processo de adaptação para a acessibilidade se estendeu ao Museu Histórico com o oferecimento da visita mediada e manipulação de peças do acervo, possibilitando a experimentação do objeto museológico para “enxergá-lo” por meio do tato. A adaptação do circuito de visitação por meio da audiodescrição, bem como a preparação da equipe do Museu Histórico e da Pinacoteca e a seleção de peças dos acervos para manipulação, contou com o suporte da Unidade Interdisciplinar de Políticas Inclusivas, da equipe técnica do CER III - Apae Viçosa, da Fratevi e da QuipoTech.

Segundo a equipe da Pinacoteca, a experiência foi avaliada como positiva pelos visitantes e será adotada nas próximas exposições para proporcionar à comunidade em geral o acesso às atividades artístico-culturais e inclusivas.

Tanto Mar

Até o dia 30 de julho a Pinacoteca da UFV receberá a exposição Tanto Mar, do casal de artistas Lili e Rennan Mafra. Com fotografias de tema marítimo, acompanhadas por poesias, a proposta expositiva multisensorial busca combinar imagens, palavras e sons que projetam e oferecem enquadramentos possíveis de interação com o mar.

Lili Mafra é fotógrafa e Rennan Mafra é professor do Departamento de Comunicação da UFV, a exposição dos artistas convida todo o público a acessar tanto suas próprias memórias e experiências, quanto desejos e horizontes de projeção do próprio corpo em vivências futuras.