Parque do Cristo poderá ter Plano de Manejo

Parque do Cristo poderá ter Plano de Manejo

Um acordo firmado entre o município de Viçosa e as entidades AmeViçosa e Instituto Universo Cidadão, no dia 4 de março de 2016, culminou em uma ação judicial para exigir a confecção do Plano de Manejo do Parque do Cristo Redentor, localizado no bairro Bom Jesus.
No dia 24 de novembro de 2016 o Codema (Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental) aprovou pedido da Prefeitura para utilizar R$ 40 mil do Fundo Municipal de Meio Ambiente para a realização do Plano de Manejo e conforme acordo homologado pela justiça, a Prefeitura tem até o dia 1º de dezembro deste ano para elaborar este plano.
A comunidade de Viçosa espera participar ativamente da elaboração do Plano de Manejo do Parque, conforme assegura o parágrafo 2º do artigo 27 da a Lei 9.985/2000. Após a elaboração do Plano de Manejo, o município terá mais 60 dias para encaminhar o projeto de captação de recursos financeiros para o Codema, para utilização de recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente para custear as medidas previstas no referido plano, tais como o projeto de recuperação da Unidade de Conservação do Parque do Cristo.
Depois que o Codema autorizar, o município terá um ano para colocar em prática as medidas previstas no Plano de Manejo, incluindo o projeto de recuperação da Unidade de Conservação do Parque do Cristo.
Para o advogado autor da ação, Leonardo Rezende "O plano de manejo é o principal instrumento de uma unidade de conservação. É nele que as medidas de conservação estarão previstas. O Parque do Cristo poderá ser um ótimo local para lazer da sociedade de Viçosa se estas medidas forem amplamente discutidas com a população do entorno”, ressaltou.

O Parque - Os trabalhos para a implantação de um projeto de parque turístico no entorno da estátua do Cristo Redentor, na área do antigo Colégio de Viçosa, chegaram a ser iniciados em abril de 2009, por determinação do então prefeito Celito Francisco Sari. À época a Construtora Viçosense Ltda, vencedora da licitação para execução das obras, realizou os trabalhos de terraplanagem e colocação de tapumes ao redor da estátua do Cristo. Os empreiteiros da firma contratada, Antônio José da Silva (Toninho) e Emerson de Souza Silva, afirmaram que toda a estrutura contratada seria entregue no prazo previsto de seis meses.
A obra, com previsão de investimento da ordem de R$ 292 mil previa a implantação de atendimento ao público com lanchonete, quiosque de convivência, sanitários, campo de futebol soçaite, salas de depósito, administração, guarita, posto policial, além de portões de acesso a pedestres, entradas principal e secundárias. Incluía também a construção de um parquinho de diversões com torre e escorregador, malha e balanço, zangaburrinho duplo júnior e grama batatais.
Já o Projeto Técnico de Reconstituição da Flora (PTRF), previa o plantio de árvores nativas em toda a extensão do Parque. O então secretário de Meio Ambiente de Viçosa, Luiz Eugênio de Moura, disse na época que a responsabilidade pelo plantio das mudas de árvores nativas seria da UniViçosa, em atendimento a um Termo de Ajustamento de Conduta. Mas o projeto não teve sequência e o entorno do monumento ao Cristo tornou-se ponto de toda sorte de marginalidade. As instalações se encontram praticamente destruídas. E certamente sua reconstrução terá que ser muito bem avaliada pelo poder público, se mantidas as propostas iniciais do projeto.