Músicos buscam regulamentação do couvert artístico
A classe musical de Viçosa tem se reunido com o propósito de, no mínimo, amenizar o cenário de desvalorização que vem sofrendo historicamente. Duas reuniões, com cerca de 40 musicistas envolvidos, aconteceram nas últimas semanas no Salão Paroquial do Santuário de Santa Rita de Cássia.
Nas oportunidades os músicos discutiram sobre um piso mínimo de cachê e outras condições para se apresentarem. Durante as manifestações o descontentamento mais apresentado foi quanto ao tratamento dado aos artistas locais muito diferente do que é dado aos músicos vindos de outras cidades. “Quando vem banda de fora os contratantes agem diferente, isso fica claro. Divulgam com mais ênfase, melhoram a qualidade da sonorização e iluminação do espaço, além de pagarem um valor muito superior ao que é pago ao músico local”, comentam.
Dentre os anseios da categoria está a regulamentação da cobrança do couvert artístico. Defendida pela maioria, a normatização tem surtido efeito nas cidades que a implementaram. “Viçosa é uma cidade universitária, altamente cultural, mas as pessoas ainda não compreenderam que a música e os demais fazeres artísticos são trabalhos. E essa visão tem acarretado na desvalorização da classe. Os valores praticados atualmente são praticamente os mesmos de 15 anos atrás”, afirmam.
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