Milhares de fiéis acompanham procissão da padroeira de Viçosa

Comunidades das vias onde passou o cortejo também capricharam na decoração em louvor à santa padroeira

Milhares de fiéis acompanham procissão da padroeira de Viçosa

A procissão de Santa Rita, realizada na tarde de ontem, surpreendeu pelo aumento considerável de fiéis que acompanharam o cortejo religioso. Apesar de ser tradição atrair multidões, quando as pessoas se reúnem em manifestações externas da fé, neste ano, a participação superou as expectativas. 

A tradicional procissão teve início na Praça Silviano Brandão e percorreu a Rua Vaz de Melo, Praça do Rosário, Rua Padre Serafim, Rua Gomes Barbosa, Avenida Santa Rita (parte baixa), Av. Bueno Brandão, Rua Professor Sebastião Lopes de Carvalho, Praça Marechal Deodoro, Travessa João Carlos Belo Lisboa, retornando à Praça Silviano Brandão, onde foi realizada a missa campal festiva.

Durante todo o trajeto - abrilhantado pela Lira Santa Rita de Cássia - com várias pessoas, crianças e adultos, vestidas de Santa Rita, em cumprimento de promessas por graças alcançadas, moradores atiravam pétalas de rosas na multidão que passava. Comunidades das vias onde passou o cortejo, também capricharam na decoração em louvor a santa padroeira. 

Pela manhã, também com a presença de centenas de fiéis, houve missa no Santuário e a tradicional benção dos cavaleiros.

Durante o jubileu, que teve início no dia 14 e encerra amanhã, quarta-feira, 24, o período foi marcado por missas, celebradas por vários padres, batizados, shows musicais e barraquinhas beneficentes. 

SANTUÁRIO E CANONIZAÇÃO

Hoje, terça-feira, 23, aniversário da Dedicação do Santuário, missas às 15 e 19 horas, com liturgia própria da dedicação, datada de 23 de maio de 1961. Amanhã, quarta-feira, 24, encerramento das celebrações alusivas à Padroeira, data da Canonização de Santa Rita de Cássia, em 24 de maio de 1900, com missas no Santuário às 15h e 19h, seguindo Liturgia própria em Memória da Padroeira.

A SANTA

Santa Rita nasceu na região da Úmbria, na Itália, em 1381, durante o apogeu do Humanismo e período inicial do Renascimento, duas 'revoluções culturais' que marcaram o fim da Cristandade Medieval e, sem as quais, a pregação protestante de Lutero não teria tido repercussão histórica.

Rita nasceu após fervorosas súplicas dos pais, que já em idade avançada ainda não tinham tido filhos. Desde criança ela mostrou sinais de ser especialmente amada por Deus.

Um sinal poético dessa predileção é que pequenas abelhas rodeavam-na desde a infância - sem assustá-la ou machucá-la - como se sua alma tivesse o perfume de uma flor. Aos 12 anos Santa Rita decidiu consagrar sua virgindade a Deus, mas os pais tinham outros planos, e arranjaram seu casamento com um jovem rico chamado Paulo Ferdinando.

Logo, este se revelou um péssimo marido, e acumulou os vícios de embriaguez, adultério e violência. Santa Rita, que poderia escolher o desquite e passar a viver no celibato, surpreendentemente aceitou passar por essa provação oferecendo a Deus os sofrimentos pela conversão do marido, o que ocorreu após 12 longos anos. Entretanto, pouco tempo após sua emenda de vida, Paulo foi assassinado por antigos inimigos, e os gêmeos que nasceram deste Matrimônio cresceram sem pai. E, quando atingiram 14 anos, uma pessoa lhes contou sobre a causa da morte do pai, e ambos decidiram se vingar. Santa Rita rezou para que Deus os convertesse ou os chamasse a Si, e foi o que aconteceu.

Sozinha no mundo, Santa Rita adentrou na Ordem de Santo Agostinho e tornou-se um modelo de religiosa. Sua vida foi marcada pela assídua e fervorosa meditação da Paixão de Cristo. Um dia, rogando a Deus que lhe marcasse com um sinal sensível da Paixão, viu um dos espinhos da Coroa de Jesus se desprender e cravar-se-lhe na testa como uma seta. A ferida causava a ela uma dor terrível, além de febre, e em pouco tempo começou a exalar um péssimo odor. Ela oferecia seu sofrimento a Deus, e pediu que a ferida curasse para participar das peregrinações pelo ano jubilar de 1450, o que foi prontamente atendido por Deus.

Quando ela retornou da peregrinação, a dor e a ferida retornaram. Após seu falecimento, a antiga ferida passou a ser bela e brilhante como um rubi, e um perfume tomou conta de todo o Mosteiro de Cássia. Seu corpo está incorrupto há mais de 500 anos, e a Vinheira de Santa Rita continua a florescer.

 


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