Marcha Nico Lopes deixa rastro de sujeira

Marcha Nico Lopes deixa rastro de sujeira

As atividades da Marcha Nico Lopes, organizadas pelo DCE/UFV (Diretório Central dos Estudantes), acontecidas no último fim de semana foram marcadas, negativamente, pela quantidade de lixo espalhado pelas ruas da cidade, demarcadas para a passagem dos participantes.
O evento deixou um rastro de lixo e a impressão deixada foi a de que os estudantes que participam do evento e seus organizadores não estão nem ai para a questão da limpeza pública no município.
Garrafas de vidro e de plástico, na maioria de bebidas alcoólicas, fora descartadas nas calçadas, portas dos prédios e garagens e nas vias por onde passou a turba. A Marcha Nico Lopes, historicamente símbolo de protestos sociais, em 2017, monstrou que os tempos são outros.
A questão do lixo em Viçosa tem sido exaustivamente debatida, com o foco na ineficiência do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) no recolhimento do lixo, mas também na falta de conscientização da população. Fatos como os presenciados nesta Nico Lopes, demonstram que culpar somente o Poder Público não é a solução.
A situação se repete e demonstra que a grande maioria das festas universitárias realizadas na cidade, tem suas concentrações preliminares na área central do município, causando sérios problemas relacionados ao lixo, prejudicando moradores e, literalmente, sujando a imagem da cidade. Na última semana não foi diferente.

Descarte irregular gera multa
O SAAE, em cumprimento da Lei Federal 12.305/10 e das Municipais 1.628/04 e 2.436/14, iniciou, em setembro, um trabalho de fiscalização por descarte irregular de resíduos sólidos no município.
Após a coleta de informações e advertências, a reincidência no descarte irregular levou a autarquia a autuar e a continuar advertindo outros infratores.
De setembro até esse mês de novembro, foram aplicadas diversas multas, e segundo a direção do Saae, a população deve se informar sobre o dia e os horários de coletas em suas ruas e somente colocar o lixo embalado em sacos plásticos, em frente às suas residências ou comércios.
Ainda de acordo com o Saae, não se pode responsabilizar apenas o Poder Público pelos problemas decorrentes da produção de resíduos sólidos uma vez que a responsabilidade é compartilhada com a população.