Inflação encarece custo da cesta básica em Viçosa, mostra pesquisa da UFV

O trabalhador viçosense, que ganhou um salário-mínimo de R$ 1.302 em abril, gastou 41,69% de sua renda para adquirir os produtos que compõem a cesta básica

Inflação encarece custo da cesta básica em Viçosa, mostra pesquisa da UFV

O Índice de Preços ao Consumidor de Viçosa (IPC-Viçosa), calculado pelo Departamento de Economia da UFV, registrou, no mês passado, o valor de 1,07% - o maior índice do ano. O movimento de alta de preços na cidade seguiu uma tendência nacional, embora em menor intensidade: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE é considerado a medida oficial da inflação no país, foi de 0,61%.

Em abril, dos sete grupos que compõem o IPC-Viçosa, cinco registraram variações positivas de preço. Foram eles: Alimentação (2,93%), influenciado pelos aumentos ocorridos nos itens tubérculos, raízes e legumes (17,04%), com ênfase para quiabo (94,40%) e batata inglesa (27,82%); Vestuário (0,88%); Habitação (0,78%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,76%), e Artigos de Residência (0,30%). Já os grupos com variações negativas de preço foram Transporte e Comunicação (-0,35%) e Educação e Despesas Pessoais (-0,31%).

No mês passado, o custo da cesta básica em Viçosa também apresentou uma elevação: de 8,44%, a maior nos últimos 12 meses. Seu custo saiu de R$ 500,54, em março, para R$ 542,79. Esse aumento foi decorrente de produtos cujos preços mais se elevaram, como a batata inglesa (27,82%), o tomate (20,11%), a banana (15,79%) e a carne bovina de segunda (13,49%). Para o tubérculo, a combinação de redução da oferta devido às chuvas e do aumento da demanda em função da Semana Santa explicam a alta no seu preço. Quanto ao tomate, a queda da oferta provocada pelo fim da safra de verão justifica a alta no preço do fruto em abril.

Alguns poucos produtos que compõem a cesta básica apresentaram redução de preço em abril, como o óleo de soja (-19,47%), a margarina (-2,8%) e o feijão vermelho (-2,42%). 

Ainda segundo o IPC-Viçosa, o trabalhador viçosense, que ganhou um salário-mínimo de R$ 1.302 em abril, gastou 41,69% de sua renda para adquirir os produtos que compõem a cesta básica de alimentação.

 


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