Índices de preços sobem em outubro, diz pesquisa da FGV
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP - M) teve aumento de 1,52% em outubro, sendo maior que o de setembro, quando apresentou também alta de 0,62%. Este indicador é frequentemente usado para correção inflacionária dos contratos de aluguel e acumula 4,20% desde o início do ano e 5,59% nos últimos 12 meses.
Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). Inclusive, há um ano, o IGP-M acumulava recuo de 4,57% em 12 meses. Segundo o instituto, os efeitos climáticos e o aumento de demandas por commodities foram os principais fatores de subida dos preços.
Matheus Dias, economista do Ibre, ainda ressalta que os maiores impactos foram nos preços de carne bovina, minério de ferro e produtos exportados pelo Brasil. Já em relação ao consumidor, o que mais contribuiu foi a tarifa de eletricidade residencial, após adoção de bandeira tarifária vermelha nos últimos meses.
Além do IGP, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve elevação de 1,94%. Segundo estudos da FGV, o valor é um avanço significativo, já que setembro teve alta de 0,69%. O subgrupo de alimentos processados e combustíveis tiveram aumento de 1,88% para 4,38% e 0,88% para 1,88%, respectivamente, sendo responsáveis, também, pela mudança do indicador.
Já o IPC, Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ubiu 0,42%, percentual maior que o de setembro, quando avançou 0,33%. Cinco das oito classes de despesa que compõem o indicador registraram alta: habitação (1,00% para 1,35%), alimentação (-0,12% para 0,13%), vestuário (-0,23% para 0,23%), saúde e cuidados pessoais (0,19% para 0,35%) e comunicação (0,01% para 0,14%).
Conforme o Ibre, as maiores influências nestas classes de despesa foram a tarifa de eletricidade residencial (3,76% para 5,51%), hortaliças e legumes (-12,47% para -5,16%), calçados (-0,10% para 0,76%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,40% para 0,53%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,38% para 0,14%).
Enquanto isso, houve alta no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) em outubro ficou em 0,67%. É mais elevada que a anterior (0,61%). Isso porque, o grupo materiais e equipamentos apresentou uma aceleração e o grupo de serviços avançou 0,20% percentuais.
Fonte: Agência Brasil
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