Homens e mulheres terão que pagar o mesmo em entradas de eventos

Homens e mulheres terão que pagar o mesmo em entradas de eventos

O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, divulgou uma orientação técnica na segunda-feira, 3, em que veta a cobrança diferenciada para homens e mulheres em eventos e festas. O parecer vale para bares, restaurantes e casas noturnas de todo o território nacional.
Segundo o secretário nacional de Direitos do Consumidor, Arthur Rollo, entrada em casa noturna tem que ter preço igual para homens e mulheres. "Rodízio de pizza, rodízio de carne, o preço tem que ser igual para todo mundo. Não pode ter qualquer distinção em função do gênero."
A orientação é que sejam feitas fiscalizações nas casas noturnas, para que essa cobrança diferenciada de preço deixe de existir em todo o Brasil.
Em Viçosa, conhecida pelas festas e micaretas universitárias, são poucos os organizadores que adotam o preço diferenciado nos eventos. As tradicionais calouradas, festas de atléticas, de formandos entre outras, não cobram valores separados para homens e mulheres.
Já duas micaretas universitárias e um bar, aberto recentemente, cobram valores diferentes entre os dois sexos. No entanto, a diferença do preço das entradas varia entre R$10 e R$20.
Apesar do valores da entrada serem os mesmos, algumas festas e casas noturnas oferecem como atrativo rodadas liberadas de bebidas alcóolicas para mulheres.
Noutras casas, a prática, agora considerada ilegal, consiste em liberarar a entrada de mulheres até uma determinada hora da noite
A equipe do Folha da Mata tentou entrar em contato com os organizadores da festa e dono do estabelecimento, mas até o fechamento da edição as ligações não foram atendidas.
Em casos nos quais o consumidor se sinta lesado, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), aconselha que o mesmo procure o administrador do evento ou estabelecimento. Caso ainda haja discordância, o consumidor pode buscar o Procon ou mesmo a Justiça, munido de documentos que comprovem a prática abusiva.