Greve dos tanqueiros é interrompida em Minas
Em menos de dois dias de paralisação que pedia redução do valor do ICMS, tanqueiros retomam atividades
A greve dos tanqueiros foi suspensa pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), cerca de 39 horas após seu início. O presidente do sindicato, Irani Gomes, anunciou a medida na tarde desta sexta-feira, 22.
“Após a sensibilidade das distribuidoras junto às transportadoras de combustível, eles resolveram suspender a paralisação até o momento, mas ainda aguardam uma posição do governo do Estado referente às alíquotas do ICMS”.
A paralisação começou oficialmente à meia-noite de quinta e pegou postos de combustível e motoristas de surpresa. Como em outras greves neste ano, o Sindtanque-MG reivindica redução do ICMS cobrado pelo governo do Estado sobre os combustíveis e protesta contra os preços praticados pela Petrobras.
Eles se concentraram na porta de distribuidoras de combustível da Grande BH e, desde quinta, o movimento causou falta de combustível em alguns postos da capital e região, inclusive pressionando o preço da gasolina. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) avalia que, com a suspensão da greve, o abastecimento dos postos deve voltar ao normal em 24 horas. "As bases estão abertas e os caminhões já começam a ser abastecidos normalmente", diz, por meio de nota.
Procurado pela reportagem do jornal O Tempo, o Governo de Minas não respondeu se teria reunião com os manifestantes. Mas, como em outras greves, afirmou que o preço elevado dos combustíveis não é devido à alíquota do ICMS, que não sofreu mudanças nos últimos anos, e sim à política de preços praticada pela Petrobras.
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