Em Viçosa, professores aderiram à paralisação nacional das federais

Em Viçosa, professores aderiram à paralisação nacional das federais

Professores da Universidade Federal de Viçosa fizeram uma paralisação, na última quinta-feira, 29, para protestar contra a aprovação de projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e que podem afetar o serviço público de ensino e comprometer a verba destinada à educação. Entre esses projetos, estão a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que quer limitar os gastos da União, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016, que faz parte de um pacote de medidas de ajuste fiscal, e o Projeto de Lei 193/2016, famoso pelo programa "Escola sem Partido". Segundo a presidente da Aspuv, Sylvia Franceschini, o atual cenário já é preocupante e pode ainda se agravar. “A gente tem vivenciado durante três anos cortes orçamentários na ordem de 25% a 30%. As universidades estão tendo que escolher que conta pagar. Já sentimos o impacto disso no ensino, na pesquisa e na extensão. A falta de material para as aulas. A falta de recurso para a assistência estudantil dentro das universidades e o impacto que isso tem na vida do estudante em vulnerabilidade socioeconômica. Um congelamento, que nos impõe restrições ainda maiores, vai inviabilizar o funcionamento das universidades públicas”, alerta a professora.
A paralisação foi votada em assembleia e a decisão se alinha ao movimento nacional. Sindicatos representantes dos professores e servidores técnico-administrativos, além de universidades federais de todo o país também se mobilizaram.
Ainda na quinta-feira, professores sindicalizados realizaram, em Viçosa, uma atividade com o objetivo de esclarecer a população sobre o movimento e sobre o impacto, na economia da cidade, de possíveis cortes no orçamento da UFV. A concentração aconteceu pela manhã, na sede da Aspuv.

Mobilização no Campus
Também com o intuito de protestar contra a aprovação dessas medidas que podem afetar diretamente a educação brasileira, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016 e Projeto de Lei 193/2016, professores e estudantes da UFV, campus Viçosa, se mobilizaram, na terça-feira, 27. Os manifestantes se concentraram no PVB. De lá, com cartazes e panfletos, o grupo saiu em caminhada até o espaço de arena, em frente à Biblioteca Central, passando ainda pelo PVA. As ações se encerraram com uma aula ministrada pela professora Joana D'Arc Germano Hollerbach, com o tema “Em Defesa da Educação Pública”.

Paralisação Estudantil - Também houve uma paralisação estudantil na manhã de quinta-feira, 29, quando estudantes do Movimento Estudantil da UFV realizaram uma marcha, dentro do campus Viçosa, a favor da educação brasileira e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, o Projeto de Lei Complementar (PL) 190/2015, que institui, no âmbito do sistema estadual de ensino, o ”Programa Escola sem Partido”, e a Medida Provisória (MP) 746/2016, que trata da reforma do ensino médio. Durante o ato, a entrada da universidade foi interditada, impedindo, por um tempo, o trânsito de veículos.
A paralisação foi aprovada por unanimidade durante assembleia estudantil realizada no dia 28.

Ato contra PEC 241 e em defesa do SUS e do ensino público

Nesta quinta-feira, 6, foi realizada uma mobilização contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, em defesa do SUS e da educação pública de qualidade. O ato começou às 12h30 no Departamento de Medicina e Enfermagem da UFV e, de lá, seguiu até a Avenida Ph. Rolfs. A atividade contou com o apoio da Aspuv, Departamento de Nutrição e Saúde, Departamento de Medicina e Enfermagem, Diretório Central dos Estudantes e Centro Acadêmico de Medicina.