Denúncia de agressão em creche gera novas discussões na Câmara
Uma denúncia de agressão a uma criança numa creche, em Viçosa, abordada pela mãe da criança, supostamente agredida, na reunião ordinária de 26 de abril, o assunto voltou à Casa Legislativa na reunião desta terça-feira, 3. Na ocasião, a professora Aryadnna Alcina Gomes ocupou a tribuna para falar sobre a denúncia de que ela era a professora denunciada como agressora de uma aluna da Creche e dar sua versão dos fatos. Houve manifestação no Plenário em apoio à professora.
Em sua defesa, Aryadnna disse que como professora, sempre teve boa relação com as crianças e com os pais. “Nesses oito anos de trabalho como educadora eu nunca tive esse tipo de problema. Se eu fosse uma pessoa agressiva, as crianças não iriam querer ficar comigo e os pais iriam perceber. Estudei com muita dificuldade e fazendo isso eu estaria jogando meu diploma fora. Além do lado profissional, tem o meu caráter e a minha criação. Não fiz isso e não vou ficar calada”, disse. Para concluir sua participação na tribuna, Aryadnna leu uma carta da Diretoria da Associação Comunitária Padre Geraldo Paiva, administradora da Creche, que manifestou indignação com a situação e que reforçou a responsabilidade do trabalho da Instituição.
O vereador Paulinho Brasília comentou sobre a oitiva realizada na sexta-feira, 29, com a presença dos vereadores Idelmino e Helder Evangelista (Cherinho) (PTC), secretário da Mesa Diretora. “Após conversarmos com os pais de alunos da Creche, ouvimos separadamente os pais da criança e a professora com a escola. Também houve um momento de conversa entre os pais da criança, a escola e a professora”, disse o vereador, explicando ainda que “não cabe a nós fazer juízo de valor do que está acontecendo. Nossa missão é fazer um relatório e entregar o áudio da oitiva à presidente da Casa”.
Na redação
A presidente da creche comunitária da Associação Padre Geraldo Paiva, Marli da Silva, procurou o Folha da Mata para entregar uma manifestação escrita sobre o ocorrido e lamentou que a direção da creche não tenha sido procurada para falar sobre o assunto, “que é de natureza grave”.
Após enfatizar que na creche “trabalhamos para gerar vidas e formar bons cidadãos para o futuro e não para destruir e tirar a esperança de inocentes, o texto do manifesto enfatiza: “Repudiamos os meios de comunicação que jogaram esta matéria no ar sem ao menos nos procurar para obter conhecimento do caso. Simplesmente denegriram a imagem da entidade, como se fôssemos covardes, sem ao menos ouvir o outro lado da história”, protesta a presidente da creche, que termina afirmando que “tudo está sendo apurado conforme a lei”.
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