Criação de novos empregos na região tem pior desempenho em 5 meses

O município de Viçosa criou 200 novas vagas de emprego no mês de outubro, fruto de um saldo positivo de mais contratações em relação às demissões. É o que aponta o relatório mais recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira, 29.

Foram 584 pessoas contratadas com carteira assinada no período de 31 dias, contra 284 desligamentos. O município se destacou na região como o que mais criou novas oportunidades formais de trabalho, mantendo o bom desempenho dos últimos meses. No acumulado do ano, até agora, são 958 novos postos de trabalho criados.

Na contramão dos bons índices estão os dados da região, conforme levantamento feito pelo Folha da Mata em 15 municípios da Zona da Mata mineira. O saldo da criação de novas vagas foi de 312, o pior resultado dos últimos cinco meses. Seis municípios da lista (Teixeiras, São Geraldo, Paula Cândido, Araponga, São Miguel do Anta e Pedra do Anta) demitiram mais pessoas que contrataram, fechando postos de trabalho.

Em números absolutos, o município que mais contratou foi Ubá, com 1.109 vagas abertas. Entretanto, também foi o que mais demitiu, com 1.085 pessoas demitidas. Dessa forma, o saldo positivo do polo moveleiro foi baixo. Ainda assim, o acumulado de novas vagas de trabalho com carteira assinada criadas em 2021 na região chega a 4.291.

VAGAS EM BAIXA

Em todo o país, o relatório do Caged indica a criação de 253.083 novos empregos, menor número desde maio deste ano. O estado de Minas Gerais, que sempre está apenas atrás de São Paulo na criação de vagas, dessa vez mostrou uma desaceleração nas contratações. O saldo positivo foi de 21.327 empregos criados, total bem próximo ao do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

A expectativa do comércio e dos trabalhadores é que as festas de fim de ano e as contratações temporárias ajudem a aumentar o número de oportunidades de emprego. O relatório de novembro do Caged será divulgado somente no final de dezembro. E os dados consolidados de 2021 estarão disponíveis em janeiro do ano que vem.

Para chegar ao relatório final, o Ministério da Economia coleta e organiza informações enviadas por empregadores e pelo próprio governo, em sistemas informatizados. Nele, são informados dados contratuais, como admissões, demissões e situação de colaboradores, por exemplo.