Conta de luz sofrerá reajuste de 52% na bandeira vermelha 2

Aneel também alterou valor da bandeira vermelha 1, que será efetivado no mês de julho

Conta de luz sofrerá reajuste de 52% na bandeira vermelha 2

O índice de reajuste do valor da bandeira tarifária a ser pago pelos consumidores na conta de luz foi aprovado diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, hoje 29, em Brasília. Com isso, o custo da bandeira vermelha 2, o mais alto do sistema, aumenta de R$ 6,24 para R$ 9,49 para cada 100 kwh (quilowatt-hora) consumidos – um reajuste de 52% sobre o valor que já vinha sendo cobrado desde junho e que a agência prevê que siga em vigor até pelo menos novembro, devido ao baixo índice de chuvas em boa parte do país e a consequente queda do nível dos reservatórios hídricos.

A diretoria da agência também decidiu os novos valores para as outras bandeiras. A amarela será de R$ 1,874 a cada 100 kWh e a vermelha patamar 1, de R$ 3,971 a cada 100 kWh. A bandeira verde, que indica boas condições de geração de energia, é gratuita desde a adoção do sistema, em 2015.

O índice de reajuste aprovado foi defendido pelo diretor-geral da Aneel, André Pepitone, para que o nível de reajuste das tarifas não configure um aumento imprevisto para os consumidores que podem se preparar e adaptar o consumo, fazendo um uso mais consciente da energia, já que o país enfrenta uma crise hídrica que reflete no setor elétrico, obrigando o acionamento de usinas térmicas, mais caras, diz o diretor.

Pepitone afirmou ainda que “se nada for feito e a bandeira permanecer com os resultados da metodologia, teríamos, de julho a dezembro, um déficit de aproximadamente de R$ 5 bilhões na conta-bandeira, com uma probabilidade acima de 78% de ser, de fato, acima de R$ 2 bilhões.”

De acordo com o diretor-geral da agência, André Pepitone, em abril o déficit chegava a R$ 1,5 bilhões. “Em boa parte do ano de 2020, houve um superavit de R$ 1,5 bi. Isto se degradou a partir de setembro/outubro, quando este superavit virou déficit”, comentou Pepitone, prevendo que o déficit tende a aumentar a partir de julho.