Caso Gabriel tem novo delegado

Perícia em veículo e em arma podem revelar assassino

Caso Gabriel tem novo delegado

 

O delegado de Polícia Civil de Teixeiras, José Marcelo de Paula Loureiro é o novo responsável pelas investigações do assassinato do jovem pontenovense Gabriel Oliveira Maciel, 17, morto em Viçosa no dia 6 de fevereiro.
Segundo o delegado, um veículo VW/Gol, que foi visto nas proximidades da cena do crime, foi apreendido e nele estão sendo feitas exames de DNA para se identificar se o sangue encontrado em seu porta malas é de Gabriel.
Uma arma apreendida pela polícia em Viçosa também está sendo submetida a exames balístico para comprovar se o projétil retirado do crânio da vítima foi realmente disparado por esta arma.
José Marcelo foi categórico em afirmar que quase todo serviço de investigação foi conduzido pelo delegado Felipe Fonseca e que agora o inquérito está numa fase crucial, aguardando somente o resultado das perícias e informou ainda que já tem o nome de um suspeito.

O crime
Informações repassadas ao jornal Folha da Mata pela polícia dão conta de que a polícia confirmou, em exames de necropsia, que o jovem pontenovense Gabriel Oliveira Maciel, 17, foi assassinado. O rapaz veio a Viçosa na sexta feira, 6 de fevereiro, para participar de uma calourada e disse para a mãe que voltaria na manhã de sábado. Como ele não ligou para casa nem atendeu o celular, a mãe ligou para a polícia de Viçosa à procura de alguma informação sobre o paradeiro do jovem que, após muita especulação e denúncias falsas, foi encontrado morto na tarde de segunda-feira seguinte.
A polícia constatou que o corpo de Gabriel apresentava um ferimento profundo na cabeça, produzido por disparo de arma de fogo.
Ainda segundo informações repassadas pela polícia, amigos de Gabriel prestaram depoimento na Delegacia de Polícia e confirmaram que o jovem não conseguiu embarcar no ônibus, depois de um tumulto na porta do coletivo e, por isso, foi embora a pé. Os depoentes acrescentaram que iniciaram as buscas pelo corpo de Gabriel na noite de sábado. Depois de muita procura, já na tarde de segunda-feira, quando estavam nas proximidades do campo do Couceiro, onde abordavam as pessoas e mostravam a elas cartazes com a foto do desaparecido, um senhor revelou a eles ter sentido forte mau cheiro quando passava pela estrada que liga a BR-120, passando pela horta da UFV, ao Departamento de Veterinária. Os jovens foram ao local, encontraram o corpo e acionaram a polícia.
O corpo foi encontrado no final da tarde de segunda-feira, 9 de fevereiro, na região da Horta da Universidade Federal de Viçosa. O corpo estava numa vala, à beira da estrada. Amigos da vítima reconheceram Gabriel pelo porte físico e por uma pulseira de ouro que ele estava usando na festa. Já em estado avançado de decomposição e estava totalmente nu.
Gabriel estava desaparecido desde a madrugada de sábado, 7, depois que participou de uma “calourada”, promovida pela República Qkické, na noite anterior. A festa de recepção aos calouros da Universidade Federal de Viçosa é algo recorrente na cidade. Esta, “Entornando o Béquer”, era uma festa com cerveja liberada, que aconteceu no Sítio do Lino, em Cajuri (nas proximidades do distrito viçosenses de São José do Triunfo). Os organizadores da festa alegam que o adolescente apresentou uma identidade falsa para conseguir entrar no evento, que é proibido para menores de 18 anos.
A mãe de Gabriel disse à polícia que ele saiu de casa, em Ponte Nova, para se encontrar com sua namorada em Viçosa e juntos, foram à festa. Ela informou ainda que ele teria dito que voltaria para casa, em Ponte Nova, no primeiro horário de ônibus, porque tinha cursinho às 10 horas. A mãe conta que às 7 horas da manhã de sábado, estranhando que o rapaz não aparecera, ela tentou falar com ele pelo celular, mas ele não atendeu. Logo em seguida ela recebeu uma ligação do celular dele, mas apenas ouviu gemidos. A mãe, desesperada, disse que tentou ligar outras vezes, sem sucesso. Ela esteve na Delegacia de Viçosa na manhã de segunda-feira, para acompanhar as investigações.
Na tarde de segunda-feira, o celular da vítima foi encontrado nas proximidades do Cemitério do distrito de São José do Triunfo.
Gabriel cursava o terceiro ano do ensino médio no Colégio Salesiano Dom Helvécio, em Ponte Nova. Ele era filho único.