Casarão interditado corre risco de ruir no centro de Viçosa

Até a década de 50, o andar térreo do imóvel foi sede do Banco do Crédito Real de Minas Gerais

Casarão interditado corre risco de ruir no centro de Viçosa

O imóvel de número 16 da Praça Maestro Hervé Cordovil (praça da Estação) foi cercado por tapumes no fim da semana passada em decorrência da queda de uma placa de reboco que se desprendeu da parede e quase atingiu uma transeunte que passava pelo local. A intervenção foi feita pela empresa que administra aquela propriedade e outras da mesma rua, após dar ciência ao Departamento de Defesa Civil da Prefeitura de Viçosa. A barreira não tem prazo para ser removida. 

O imóvel, a exemplo de outros casarios antigos da mesma rua e embora já descaracterizados, consta na lista dos bens inventariados pelo Patrimônio Histórico da cidade. Há muito desabitada, a parte superior do prédio está praticamente em ruínas com o telhado já bastante danificado e prestes a ruir.

O prédio está interditado pela Defesa Civil, desde o primeiro semestre o responsável pela empresa administradora disse que a sua função é a de representar os proprietários em transações imobiliárias e, por isso, não sabe o destino que será dado ao velho casarão.

Centenário

O Casarão é centenário. Até na década de 50, o andar térreo foi sede do Banco do Crédito Real de Minas Gerais. Quando a agência bancária mudou de endereço, o local foi utilizado por vários pequenos ramos de atividades comerciais, até ser ocupado pela Colchoaria Magnata, no início dos anos 60, que ali permaneceu até deixar o imóvel recentemente, sob o pretexto de que local estava interditado devido ao risco de desabamento.

O andar de cima foi residência familiar por várias décadas. Depois de muito tempo em desuso, a partir dos anos 90, instalou-se no local uma casa de prostituição popularmente conhecida por Alcântara.