Caramujos africanos reaparecem em quintais e lotes vagos e são uma ameaça à saúde
No período de chuvas e de calor, além de ficar atento ao Aedes aegypti, é preciso ter atenção quanto à proliferação do caramujo africano.
Esse molusco foi introduzido ilegalmente no país na década de 1980 como aposta comercial, mas se transformou em uma verdadeira praga. Quando infectado por parasitas, ele pode ser o transmissor de doenças graves, a exemplo da meningite meningocócica. Apesar da existência do caramujo no município, Viçosa não tem registro de caso de doenças relacionadas ao molusco. Apesar disso, as autoridades sanitárias recomendam que se tenha todo cuidado com esse animal, que pode transmitir outras doenças graves ao ser humano, como perfuração intestinal, hepatites etc.
Os caramujos africanos vivem em terrenos baldios, plantações abandonadas e entulhos de construções. Em Viçosa, principalmente no tempo de chuvas, é comum serem encontrados nas calçadas e terrenos baldios. Por esses dias, como dão conta denúncias de moradores e transeuntes, há uma infestação do bicho na esquina das ruas Francisco Machado com Travessa Purdue.
A contaminação pode ocorrer com o consumo de vegetais, frutas e hortaliças contaminados ou pela manipulação inadequada dos caramujos vivos, pois os parasitas podem ser encontrados no muco produzido pelo animal.
Por serem assexuados, cada caramujo pode colocar 600 ovos em um ano. A espécie não tem predador no Brasil e, por isso, o controle estringe-se, basicamente, à limpeza dos lotes, à catação manual periódica dos animais e dos ovos e posterior eliminação, preferencialmente por incineração. Para a catação, é essencial que a pessoa utilize luvas, que depois devem ser incineradas junto com o bicho.
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