Cafés impróprios para consumo são vendidos em Viçosa
O café é uma das bebidas mais apreciadas pelo brasileiro. No ano passado, uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), registrou que o produto só perde para a água em consumo no país. Porém, um levantamento divulgado na semana passada pelo Procon-MG revela que nem todo café está em condições de ser consumido. Das 241 amostras analisadas no Estado, 30,7% (ou 74) são impróprias para o consumo. Algumas delas podem ser encontradas em supermercados de Viçosa. De acordo com a entidade, foram observadas adulterações por adição de milho e pedaços de pau.
A investigação, que avaliou amostras de café torrado e moído fabricado em Minas Gerais em 2014 e 2015, verificou a presença de elementos estranhos, impurezas, sedimentos, sujeiras, larvas e parasitas. Além disso, o Procon avaliou a contaminação do café pela micotoxina Ocratoxina A, substância que contém propriedades carcinogênicas, nefrotóxicas, teratogênicas, imunotóxicas e neurotóxicas.
A principal irregularidade foi a presença de cascas, paus e outros elementos provenientes da cultura do café. Das amostras analisadas, 27,8% foram consideradas impróprias para o consumo na avaliação desse item.
O cenário se tornou ainda mais grave nos resultados das análises da Ocratoxina A. Conforme o monitoramento, das 212 amostras avaliadas, 4,2% foram classificadas como impróprias para o consumo por conterem elevado índice da substância. Além da Ocratoxina A e das impurezas, foram encontrados elementos estranhos à cultura do café – como o milho – em 2,1% das amostras avaliadas. Segundo o levantamento, em alguns casos, os elementos estranhos atingiram 6,04% do peso total do produto. A adição de milho no café, em qualquer quantidade, é considerada adulteração.
Ainda de acordo com o Procon mineiro, todas as marcas que apresentaram irregularidades estão sendo processadas administrativamente nas Promotorias de Defesa do Consumidor das áreas produtoras, com previsão de aplicação de multa administrativa pelo Procon.
As marcas que apresentaram irregularidades e consideradas impróprios para o consumo, vendidas na maioria dos supermercados de Viçosa foram Pilão de Minas, Donalice, Moeda e Viçosence.
Confira as cidades e as marcas reprovadas pelo Procon de Minas Gerais:
Caratinga: Rozaminas, Uniforte, Caparaó, Caseiro, São Jorge, Sabor da Fazenda, Emerick, Master, Campestre, Lara Café;
Belo Horizonte: Super Café Cometa, Diadema;
Poços de Caldas: Muzambinho, Baronesa, Nascente da Serra, Bom Dia;
Varginha: Raça Negra, Fino Sabor, Matinata, Sorriso, Delícia, Privilégio, Duradouro, Vargenese, Monjolinho, Ouro Mineiro, Pelegrini, do Porto, Fazenda Outro Verde, Planalto, Café da Serra;
Contagem: Brasil
Divinópolis: Uno, Camacho, Puro Sabor, Bom Despacho, 262, Rede União de Supermercados, Pilão de Minas, Bedê;
Passos: Moura, Carmelitano, Gostinho de Minas, Aroma da Canastra, Cafundó, Tradição Mineira;
Almenara: Caseiro, Sabor Ouro Mineiro, Orvalho;
Uberlândia: Grão de Minas, Trevo de Minas;
Uberaba: Uber Uba, do Padre ;
Conselheiro Lafaiete: Camapuã;
Patos de Minas: Fragata, Criolo ;
Juiz de Fora: Donalice, Caseiro Mineiro, Moeda, Café da Feira, Café do Bom, Viçosence, Hemelly, Alvorada, Café da Vovó, Suprême;
Pouso Alegre: Capelli, Piranguinho, Cristo Redentor, Zé Nunes, Mais Sabor;
Montes Claros: Cominas, Tânia;
Barbacena: Tamandar.
Comentários (0)
Comentários do Facebook