Atividades de extensão começam a fazer parte da grade dos cursos de graduação da UFV
A medida começa a valer já neste primeiro semestre letivo de 2023
A Universidade Federal de Viçosa (UFV) iniciou o período letivo da graduação com uma novidade. A partir de agora, as atividades de extensão, juntamente com as de ensino e pesquisa, farão parte da matriz curricular de todos os cursos da instituição. Para a UFV, a medida representa a possibilidade de uma formação ainda mais cidadã dos estudantes, já que permitirá maior interação deles com a sociedade.
“O caminho para essa interação se abre com quase mil disciplinas dos 67 cursos dos três campi que foram adaptadas para incluir atividades extensionistas. Alguns já preveem essas novas disciplinas logo no primeiro ano; em outros as atividades de extensão estarão mais concentradas na segunda metade do curso”, informou a instituição.
A decisão de incluir a extensão no currículo está relacionada à Lei nº 13.005/2014, que aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE). Uma de suas metas dispõe sobre a necessidade de se assegurar, no mínimo, 10% do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária.
Para garantir esse percentual, já há algum tempo a UFV vinha promovendo estudos e debates, liderados pelas pró-reitorias de Ensino (PRE) e de Extensão e Cultura (PEC), com representantes dos três campi e de outras instituições. Esse diálogo resultou na resolução - aprovada, em março de 2022, pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e divulgada no site da UFV - que embasou a alteração das grades curriculares dos cursos de graduação.
Em função da novidade implementada pela UFV, estão sendo realizadas modificações nos sistemas Sapiens (de apoio ao ensino) e Raex (de registro de atividades de extensão). Além disso, diversos cursos criaram disciplinas de introdução ou metodologia de extensão. O objetivo é oferecer subsídios para que os estudantes conheçam as diretrizes que regem a extensão universitária e estabeleçam a interface e pertinência entre ela e a educação.
O assessor da PRE, professor Sukarno Olavo Ferreira, conta que a expectativa é que esta mudança contribua, de fato, para uma aproximação ainda maior da Universidade com a sociedade. Ele não tem dúvida sobre as perspectivas que se abrem para a melhoria da formação acadêmica e cidadã dos estudantes, que aprenderão a escutar mais a sociedade e pensar projetos para ela. Sukarno reconhece o desafio que está colocado e considera que, nos próximos anos, será preciso acompanhar o processo de adaptação de professores e alunos à nova realidade, para que os ajustes sejam realizados no sentido de aprimorá-la.
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